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20.08.2014 -

Em 2014, as vendas de carros seminovos voltaram a ficar aquecidas no Brasil.

No primeiro quadrimestre do ano, foi registrado um volume de vendas de quatro milhões de veículos, segundo dados da Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Entre março e abril, a alta registrada foi de 9,9%.Os carros de passeio somam 5,8% de crescimento.


Tal cenário tem como principal responsável o alto preço do carro zero-quilômetro, cujo segmento teve retração de 3,7 % neste ano. Além do preço, outros atrativos levaram o consumidor a buscar carros seminovos.

Garantias estendidas oferecidas pelas montadoras e a facilidade em encontrar veículos com grande lista de equipamentos estão entre os fatores que podem elevar as vendas de seminovos em até 10% em 2014.

Mesmo com todos esses benefícios encontrados na compra, o consumidor deve ter atenção com itens fundamentais do funcionamento do carro para garantir a segurança e problemas e gastos futuros.

Para ajudar o futuro proprietário a entender melhor os sinais que o carro apresenta quando precisa de reparos. consultamos Leandro Vanni, engenheiro de serviços da DPaschoal, A seguir, ele ensina quais são as condições ideais da bateria automotiva, dos pneus, dos amortecedores, da suspensão, do sistema de ventilação, dos freios e do óleo.

“É importante que o interessado na compra leve o carro para ser revisado por um profissional de confiança e realize testes visuais e técnicos para garantir um diagnóstico seguro e real das condições de cada item verificado”, explica Vanni.

Confira a seguir, as orientações do especialista sobre cada item do carro:

Bateria: Observe as condições gerais da bateria: se a caixa não está estufada, os rótulos queimados nas bordas ou algum tipo de vazamento nos polos (zinabre). Para qualquer um destes indícios será necessária uma investigação maior. Há chances de que seja preciso trocar a bateria ou fazer uma manutenção elétrica. Mesmo sem sinais de que a bateria esteja comprometida, é de praxe realizar cerca de três partidas seguidas no veículo a fim de comprovar a resposta do motor, faróis e demais funcionalidades do carro. 

Pneus: Confira se os pneus não estão carecas (abaixo do TWI 1,6 mm), se não apresentam desgaste irregular (o que pode representar despesa extra com pneu e até mesmo com a suspensão). “Nunca se esqueça de verificar a condição do estepe, pois você pode precisar dele quando menos esperar”, lembra Vanni.

Amortecedores / suspensão: Veja se os amortecedores não apresentam vazamento em uma análise visual. Ao rodar com o veículo em um teste prévio, observe se ele apresenta instabilidade em curvas e se a suspensão não faz nenhum tipo de barulho estranho. Quando não puder fazer teste de percurso, comprima a suspensão para verificar o balanço do carro. Veículos que balançam demais podem estar com problemas e amortecedores molas e outros componentes.

Ventilação: Acione o sistema para verificar se o mesmo está resfriando. Caso não ocorra, pode ser necessária a manutenção completa do sistema. Se estiver gelando pouco, pode ser realizada apenas a troca de filtros. Aproveite e faça higienização, que evita maus cheiros dentro carro e também a proliferação de ácaros que causam problemas respiratórios.

Freios: Durante o teste de trajeto, verifique se há ruídos no momento de acionar os freios ou mesmo a percepção de pedal "borrachudo", mais pesado. Esses são indícios de necessidade de manutenção. Com o veículo parado, analise se luzes de anomalia/alerta acendem no painel e a altura do freio de mão, que, se estiver muito alto, demonstra necessidade de ajuste ou manutenção completa do sistema de freios.

Óleo: Verifique se a etiqueta de validade da troca de óleo está afixada no vidro. Mesmo que os prazos estejam dentro do esperado, verifique o nível do produto no reservatório, por meio do instrumento específico que indica se já é hora de fazer a troca.

Alinhamento e balanceamento: Em caso de desgaste irregular de pneus é necessário verificar o alinhamento. “Durante o teste de percurso, caso a direção apresente alguma vibração, deve ser feito o balanceamento; se estiver puxando ou o volante estiver torto, faça um alinhamento para garantir uma condução estável e segura”, finaliza o engenheiro.

Fonte: Pense Carros